Hoje ele encontrou o boi, que tinha estado longamente corcorveando nos campos agressores, e realmente o agarrou. Por tanto tempo ele demonstrou nestes arredores que não era fácil fazê-lo romper com os velhos hábitos. Continua com os velhos hábitos. Continua a ansiar por pastagens cheirosas, é ainda obstinado e indomável. Se o homem quiser domá-lo inteiramente, tem de usar seu chicote.
Ele precisa agarrar o laço com firmeza e não deixá-lo escapar
Porque o boi tem ainda tendências doentias.
Ora se precipita para as montanhas,
Ora vagueia numa garganta nevoenta
(Shien Kakuan)

– Olha pra câmera, Duque! – diz o Aluísio.

ao redor do templo
movimento nos bares
quinta estação

"Banhado de lua, assistindo à maré dos carros
(cheia às 11 da noite)."
(Bruno Zeni, O fluxo silencioso das máquinas)


agitação nas calçadas
da avenida São João
noite de lobisomen


na cidade, multidão e buzinas
nas montanhas, a neve imóvel
jogo de espera

o lago coloca tudo
em seu devido lugar
a paisagem aceita

vulcões e seus rios
não pedem licença

luzes do porto
são feitas de saudade
hora da despedida

cada lugar
tem seu próprio silêncio
"no se muevan",
diz a monja

De pie, cantar
el pueblo va a triunfar
millones ya,
imponen la verdad,
de acero son
ardiente batallón
sus manos van
llevando la justicia y la razón
mujer
con fuego y con valor
ya estás aquí
junto al trabajador.
El pueblo unido jamás será vencido.
(Quilapayún/Sergio Ortega)
[ouça Inti-Illimani]